Paulo Flores: "A minha música é um testemunho da vida em Angola nestes 25 anos"

Uma das principais referências na música de Angola, o compositor, músico e cantor angolano Paulo Flores comemora em palco, hoje na Casa da Música e no dia 29 no CCB, 25 anos de carreira.
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Assume-se como um "defensor incansável" do Semba, um dos ritmos mais populares de Angola, que reinventou ao acrescentar-lhe uma vertente social e de protesto, com canções sobre o quotidiano angolano e referências a temas como o governo, a guerra civil ou a corrupção. Autor de uma vasta discografia, Paulo Flores comemora agora, junto dos fãs portugueses, um quarto de século de carreira.

Que significado têm para si estes concertos?

Como cantava o Paulo de Carvalho, são muitas horas e muitos dias a cantar. Significa uma partilha muito grande entre o que fui conseguindo criar e a realidade de Angola e dos seus cidadãos. A minha música acaba, neste 25 anos, por funcionar um pouco como uma espécie de crónica do nosso dia-a-dia, com uma linguagem transparente e sem preconceitos, que permitiu às pessoas reverem-se bastante nela. Acho que são 25 anos em que a palavra partilha está bem presente.

E o que podemos esperar então nestes espetáculos, vão funcionar como um apanhado desses 25 anos?

Sim, de certa forma, porque também vou apresentar algumas canções do meu mais recente trabalho, O País Que Nasceu Meu Pai e ao mesmo tempo aproveitar para passar também em revista algumas das músicas mais representativas desses 25 anos de carreira, que na verdade já são 27. Nestes dois últimos anos tive muitos concertos em Angola e no estrangeiro e só agora se proporcionou esta oportunidade de tocar em Portugal, onde também havia muita gente que queria fazer parte desta celebração.

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